A Base Nacional Comum Curricular foi criada para definir quais as competências devem ser trabalhadas no aluno ao longo da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, com o objetivo de tornar a sociedade mais igualitária. Por isso, a partir de 2019, algumas diretrizes devem ser implementadas. Com isso, a postura da sala de aula dos professores deverá ser diferente. Conheça quais são as mudanças na BNCC na educação infantil, qual é o papel do professor e como será feita a implementação nas escolas neste post. 

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O que é BNCC?

BNCC É o documento que determina quais são as aprendizagens fundamentais para os alunos desenvolverem. Foi criada para garantir a formação com foco na construção de uma sociedade inclusiva, justa e democrática.

A primeira versão do documento foi elaborada por 116 especialistas em educação e apresentada em março de 2016. Passou por algumas revisões e foi divulgada em abril de 2017, quando apresentada ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Foram feitas cinco audiências públicas e, em 15 de dezembro, foi para a aprovação do Ministério da Educação (MEC). A resolução que institui a BNCC na educação infantil e no Ensino Médio foi publicada 7 dias depois.

As mudanças propostas pela BNCC devem ser implantadas até 31 de dezembro de 2020. Enquanto isso, especialistas irão propor discussões sobre os desafios, que servirão como norte para o governo na hora de concretizar o novo currículo.

Qual é o foco da BNCC na Educação Infantil?

Os documentos e leis já existentes continuam valendo mesmo com a criação da BNCC. Sendo assim, os eixos estruturais (interagir e brincar) continuam os mesmos. A Base só dará um foco maior para a prática pedagógica e na rotina escolar.

Os eixos se mantiveram, porque foi considerado que brincar e interagir são aspectos importantes para que a criança aprenda. Isso, porque só assim poderão desenvolver habilidades e competências que farão diferença ao longo da vida.

Afinal, quais são as mudanças da BNCC na educação infantil

A BNCC definiu seis direitos fundamentais para crianças de 0 a 5 anos. São:

1. Conviver: a criança deverá conviver com outros grupos para que aprendam outras linguagens, adquiram novos conhecimentos e aprendam a respeitar diferentes opiniões e culturas. Na escola, deverão ser sugeridos jogos e demais brincadeiras que promovam interação e a respeito a regras.
2. Brincar: Como brincar traz muitos benefícios – como desenvolvimento de criatividade, fortalecimento emocional e cognitivo-, a BNCC pretende garantir a recreação na rotina infantil. Como exigência, precisam acontecer em ambientes abertos e fechados e em tamanhos de grupos variados.
3. Participar: O aluno precisa participar tanto do planejamento da gestão escolas, como das atividades de aprendizado. Portanto, deverá fazer parte da escolha de materiais, ambientes e tem que ser estimulado a tomar decisões.
4. Explorar: Devem explorar sozinhos sons, texturas, palavras, movimentos, histórias, emoções, objetos e transformações dentro e fora da escola. Dessa forma, serão ampliados os saberes sobre a cultura, em diferentes modalidades, como arte, tecnologia, ciência e escrita.
5. Expressar: A criança tem o direito de se expressar, por isso, a escola deve promover momentos de fala, como em rodas de conversas, votações e estimular a argumentação.
6. Conhecer-se: A criança deve se conhecer e desenvolver uma visão positiva sobre si mesmo, com base nas experiências vividas dentro e fora da escola.

A BNCC está propondo que a escola passe a contribuir para a formação humana do indivíduo. O ensino se tornará mais humanizado e estará ligado sempre com as demandas da geração. A mudança é positiva, porque deixará a educação mais igualitária.

Outro ponto alto é que a BNCC na educação infantil coloca a criança como produtora de cultura, não só como receptora de mensagens de adultos.

Professores: qual é o papel dos profissionais?

O professor é o responsável por aplicar a BNCC na educação infantil. Mas para que seja concretizada, a formação dos docentes deverá ser contínua. O profissional deve entender o que a BNCC pede, para que possa desenvolver a competência dos alunos. 

O profissional também deve saber dialogar e desenvolver aulas em cima de experiências práticas e envolvimento familiar, com base nos seis direitos fundamentais. Além disso, deve orientar os alunos, porém sem interferir nos caminhos que seguem.

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